domingo, 4 de janeiro de 2009

Amor perdido

Do que fomos um dia, eu ainda me pergunto, o que restou de nós?
Ser-te-ei sempre fiel; aos nossos princípios farei voz
E sempre amarei a linda essência que vem de você...
Àquela que dediquei minha vida, pelos anos subtraídos de ti
Peço-te perdão por todas as vezes que abdiquei desse amor
De fases e incompreensões gravadas em nosso passado.
Pois que sempre importou-se em viver de tal passado
É que por isso mesmo perdemos o tom do presente
Antes fôssemos a inexatidão do futuro; meu encantado amor...
Assim quem sabe ainda restaria um som capaz de pronunciar-me a ti
E desnuda de mim, eu teria me feito ouvir por esses anos afora
E com isso, não me perdido em tanto despropósito do que fui um dia.
Sinto uma tristeza me invadir peito a dentro
Por não me achar mais em você, como insistes em que eu saiba
Devia eu ter sido tua poeta
E cantado em versos e trovas meu amor por você
Mas calei-me na hora errada; e nem sequer fui capaz de me ouvir
Por isso mesmo, te perdi.
O erro foi todo meu, assumo minhas falhas
Talvez em não tê-la compreendido da forma que merecias
Mulher em complexa ebulição.
E mais uma vez peço, _ perdoa-me! E não olha para trás
Deixa que os erros fiquem perdidos por lá
E vaguem no infinito de nós
Assim teremos sempre uma história para contar
E algo de bonito para ser lembrado todos os dias de nossas vidas.
Sempre vou amar o doce gosto que foi ter amado você...
(Adriane Muilaert)

sábado, 3 de janeiro de 2009

Simplesmente você...

Você chegou de mansinho, sem eu perceber
E aportou sedenta em meu íntimo querer
Meu coração que andava apagado
Saltitou de alegria com a tua chegada
De uma beleza rara e genuína
Tu te tornas placidamente minha redenção
Mulher de infindos encantos
Maestria que me ilumina... e alucina!
Anjo de raro valor
Que me causas tamanho ardor!
Teu corpo mais parece talhado a mão
Uma obra-de-arte de inesgotável leveza
Estimada nos primórdios de tua doce beleza
Uma profusão de cores, tons e sabores
Em tua pele não te abandona
Num brilho intenso que vem de dentro
De tu'alma cercada de poesia
Nua.
A umidecer-me os lábios sedentos de ti.
Tão lúcida agora estou
Ao te sentir pulsar em mim
Fogosa dama de loiros versos
Com olhos que seduzem sem fim
E um vasto sorriso que me emudece
De tanto sentir-me completa em ti.
Tu me tomas inteira e sem defesa estou
Quero me perder em tuas curvas
Me aquecer em tua pele
Ser-te carícias; moça tão desejada
Deixa que eu te ache em mim
E que ao te encontrar duas vezes
Haja explicação para te sentir assim
Tão intensa...
Envolta em mistério e sedução
Sublime emoção de simplesmente ser você!
(Adriane Muilaert)