quarta-feira, 18 de março de 2009

Ao amor!

Você que chegou de mansinho, sem alarde
E aos poucos foi tomando conta do meu universo
Vazia de mim eu me encontrava
E agora, preencho-me com a tua mais densa essência
Uma louca vastidão dos meus pensamentos
Voltados a ti, dia e noite, minuto a minuto
Toma conta das entrelinhas do meu ser
Quem é você, mulher mistério?
Que com sua calma mais abstrata, tomou-me os versos
Acorrentando-me certeira no doce olhar que pronuncias...
Vagamente, em displicência total e completa
Uma mistura de flor e mel
Que escorre manso por tuas veias mais salientes
Plácido porvir de esperanças que me sacode peito adentro
Deixando-me pluralmente entregue aos teus encantos
Mulher das estrelas, anjo que acelera meu coração
Ninfa dos meus desejos mais secretos
Pura, envolvente, minha encantadora de sonhos...
Que surgiu encantada, como música afinada
Aos meus ouvidos sãos de alegria por ti, mulher!
Teus lábios tenros e macios, me dão a sensação de paraíso
Tua pele, cálida e serena me desvenda versos nunca ditos
Prosa em cada entrelinha do teu ser encantado
És paraíso em minha terra, mar que deságua em meu rio
Rocha que desliza suave mata adentro
Formando cachoeiras dos teus cabelos dourados
Loira em pelos, ar que respira sopros de ventanias
O que te desvendas para mim, ainda hei de descobrir
E quando isso se fizer acontecer,
Estarei absorta em teus desejos, sendo-te tua
Nua, desprovida de razão que me impeça de voar ao teu encontro
E contigo ficar pelo infinito de nossas vidas...
(Adriane Muilaert)

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