terça-feira, 30 de dezembro de 2008

...

Sonho com uma paz incauta,
Uma harmonia desconcertante,
Um amor triunfante,
Uma vida dilacerante.
Por que me atrai tanto as dificuldades cambalidas da fome da vida?
E morrer de fome, é morrer de amor?
Por hora, sinto sede.
Uma sede que me faz calar meu silêncio cordial.
Cordeiro da morte a me caçar sem folga.
Espaço já não tenho mais.
Tenho sim, muita sede... e fome.
E um medo irrefreável que me assola a mente.
Sede de vida.
Fome de morte.
Banquete paradoxal de tanta dor de mim.
(Adriane Muilaert)

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