sábado, 6 de dezembro de 2008

Menina-Mulher

Saliva-me o peito de tanto querer
A boca ressequida pelo desejo de lhe ter
Em meus braços; querida.
Amante-mulher
Entregue as carícias sedentas de tuas curvas
Tão sonhadas
Idolatradas...
De um beijo selado teu...
Quero-te!
Preciso-te!
Minha...
Anseio pelo teu corpo junto ao meu
Nosso suor a escorrer plácido, manso!
Por cada entrelinha de nossas peles
Nuas _ dois corpos expostos, enfurecidos...
Clamando pelo gozo ardente, profundo!
Revirando-nos os olhos já revirados
Arrepiando-nos os pêlos expostos, colados...
Nos amando sem medidas, sem limites.
O desejo que nos corrói por dentro
A paixão que aflora nossos sentimentos
Ah! Minha doce menina...
Teus lábios me atraem para um caminho sem fim
Sem volta
Nunca antes percorrido,
Jamais sonhado
Deveras sentido...
Perderei-me na maciez de tua boca
Carnuda, desnuda... voraz
Tua língua árida, a sugar-me fogo por dentro...
Até arrancar-me a última gota
Saliva...
Suor...
Mel em flor...
Tudo em você tem um doce sabor
Oásis delirante
Candura no olhar
Meigo sabor de te amar...
Quero me achar em você
Correr minhas mãos por tua face, nuca...
Dedilhar meus dedos por toda extensão do teu ser
Beijar-te as carnes
Os seios tão cobiçados
Respirar-te totalmente, indefinidamente.
De forma profana, devassa!
Entre teu monte de Vênus me perder
Sugando-te as entranhas tão cálidas
Quente, ardente, carente...
Dos carinhos meus
Prazer, instinto, paixão.
Delírio de tanto tesão...
E depois, levemente, pousarei em teu ventre
E ali ficarei
Horas a fio
A observar-te os gestos
A sentir teu cheiro
Tão forte
Intenso
A invadir meu gosto
Minha libido
Cheiro de fêmea
Perfume de mulher
No cio...
Teu rio a desaguar em minha fonte
Serei tua mais sublime amante
Aquela que e fará verdadeiramente
Sentir-se plena e fogosa mulher...
(Adriane Muilaert)

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