sábado, 6 de dezembro de 2008

O amor e a dor

Nesse confuso súbito despropósito de amar,
É que me encontro, eu _ sozinha _
Embriagada de amor, ante meus pensamentos vãos.
Ora, se penso, abstraio a razão.
E por breves segundos sinto a felicidade tomar conta
De todo o meu ser _ emoção apenas _ disso sou feita.
Por vezes me encontro no vazio de mim.
E lentamente me dou ao acaso inexistente;
Porque transcendo meu destino criado, de apenas ser.
E porque sou, não mereço a vida correr em minhas veias?
Sangro agora de amor e dor.
Um amor voraz e irascível, que vem num galope
E me toma na ribeira.
A dor passa; senão a engulo inteira.
(Adriane Muilaert)

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