segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Palavras ao Vento

Eis que surge tu, impiedosa meretriz,
A corromper meu coração
Não mais sou dona dos meus atos
Calo-me,
Silencio minha voz perante teus apelos de mulher
Ninfa a sugar minh'alma, latente, carente!
Dos carinhos teus...
Sou-te escrava,
Dessas que amam corrompidas pelo desejo
Amores-amantes, cúmplices da solidão...
Faço-me tua; nua...
Despida de conceitos e razão
Entrego-me aos teus braços
Bendita seja esta insana paixão!
Que me leva cega,
Conduzida por teu cheiro doce de fêmea
Exposto em tua pele que me queima
Incendeia, dilacera...
Inflama-me o peito, por dentro!
Intumesce-me o seio
Arde-me o ventre,
Abrasa-me o sexo,
Teu gozo colado ao meu...
Não há palavras que definam
Que elucidem tamanho sentimento
Há apenas o vento que nos leva
E nos sopra ao pé do ouvido
Versos e rimas de amor...
(Adriane Muilaert)

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