terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Poema de Aprendiz

Fez-se tempo em minha vida,
Fez-se tempo em meu querer
Só não fez o meu destino,
Por ventura merecer.

A alvura em teu semblante,
Candura terna em teu olhar
Palavras macias que silenciam,
Sopros recobertos com teu ar.

Uma voz saltitante pronuncia,
Juras infindas em primazia
Queria eu estar presente,
Dentre sonhos que luziam - tua alegria.

És magia num brando abraço,
Aconchego pleno em meu viver
Saliva doce que acaricia,
Frases em mel a florescer.

Horizonte aprazível em calmaria,
Ternura que reluz no saber calar
Lânguido sorriso que desnuda,
Quem de ti se aproximar.

Teus gestos revelam em harmonia,
A doçura contida em teu ser
Nada há que se compare - menina,
A chama de tão eloqüente saber.

Da vida aprendeste o caminho,
Do sol nascente perfazes a luz
A lua te guia em contínuo brilho,
Dia e noite tua força intensa reluz.

Guerreira dos quatro ventos,
"Quixote" dos moinhos e vendavais
Hei de desvendar teus íntimos mistérios,
Seguindo-te para onde quer que vás.

Mulher em corpo delirante,
Força bem sabes que possuis
E por isso te traduzo - divina dama,
Nos enleios dessa cruz.

Posta está, senhora, em contemplação,
Para de ti sorver toda sapiência
Acorda dessa vã e tola madorna,
E me ensina em arte tua essência.

Sei que tens tamanha coragem,
Em batalha à frente conduz
Neste sonho que prescrevo,
Quero ser parte de tua luz.

De pedras, safiras e diamantes,
Nasceram estrelas em teu olhar
Riachos submersos em lágrimas doces,
Nuvens de paz em teu véu de mar.

Tu és fascínio, emoção e esplendor,
Arcanjo de cores - arranjo de flores
Adrenalina em sombras do destino,
Anjo e céu de lânguidos sabores...
(Adriane Muilaert)

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